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domingo, 30 de novembro de 2008

9º Dia

A Livia estava muito agitada hoje, parecia que tinha dificuldade para respirar, mesmo com o respirador. Ela vai começar a tomar 3 ml de leite pela sonda.
O Bruno passou a manhã sem leitinho ! Pois não tinha leite guardado para ele... acho que neste caso deveria ter recebido algum substituto e não deixá-lo sem alimentação...
A Beatriz está tomando 4 ml de leite pela sonda de 3 em 3 horas.
O Lucas é o único que não está tomando leite, pois também vai precisar receber medicamento para fechar o canal arterial, igual o irmão.

sábado, 29 de novembro de 2008

8º Dia

Os bebês pareciam adivinhar que o papai iria visita-los, estavam todos agitados, se mexendo muito. A Beatriz quis mostrar que o pulmãozinho estava bem e chorava, chorava, isso nos dava uma certa aflição, pois, parecia que estava desconfortável, mas depois sossegou, ela começou a dieta com 3 ml a cada 4 horas. O Bruno como sempre mais calminho, mas ainda com o soprinho e passou a dieta para 5 ml a cada 3 horas. No Lucas tentaram passar o tubo para o narizinho, mas ainda não pode mamar, pois iria iniciar a medicação para o coraçãozinho. A Lívia começou a dieta de 3ml a cada 4 horas, ela estava muito agitada querendo arrancar o tubo, mas por incrível que parece parecia se acalmar quando eu falava com ela.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

7º Dia

Dia da visita dos avós, o vovô estava muito ansioso, e a vovó também apesar de já ter os visto, babaram muito, apesar de entrarem somente nos últimos 10 minutos.
Os bebes estavam bem, a Beatriz chorando muito, mas acho que era um pouco de fome e mãnha para os vovôs. A Livia e o Lucas como sempre agitados, eu vi trocarem a fralda do Bruno e eu que dei o leitinho na sonda.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

6º Dia

Todos já estão sem o foco, a luz para icterícia e com os olhinhos destampados, estão ainda mais lindos.
O Bruno começou a dieta e pode tomar 1 ml a cada 12 horas, fiquei muito feliz. Os demais estão estáveis. Todos apresentam um quadro bem parecido.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

5º Dia

Segundo dia que a mamãe faz a visita após a alta, depois do susto de ontem, hoje estavam todos estáveis. Fiquei sabendo que foi a Lívia quem arrancou o tubo então tiveram que entubar novamente.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

4º Dia

Primeiro dia em que a mamãe faz a visita após a alta, e por sinal não muito agradável, como estava sozinha fiquei muito nervosa, pois, por duas vezes os aparelhos da Lívia começaram a apitar, eu via que a pulsação e o coraçãozinho diminuíam a freqüência, e me mandaram sair da sala, fiquei assustadíssima, daí quando pude entrar novamente, foi com a Beatriz. O médico tentou me acalmar dizendo que estava tudo bem, que isso é comum, que apenas tiveram que entubar novamente, mas nervosa liguei para o maridão que foi urgente para o hospital, elas já estavam melhores, aí aproveitamos para pegar as certidões de nascimento que já estavam prontas, nossos bebês estão devidamente registrados. (Lívia, que é gêmea de Beatriz, gêmea de Bruno, e gêmea de Lucas...)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

3º Dia


O dia de minha alta chegou, apesar de andar, sentar, levantar e etc com muita dificuldade, a vontade de ir para casa era muito grande, afinal um mês internada, deitada, sem ver a Sunny minha cadelinha, sem ver minha casa, minhas coisas, as coisas dos babies, porém, o coração partido por ter que deixar meus filhinhos, mas sei que eles precisam e eu também preciso arrumar o quartinho para recebe-los.
Hoje comecei a usar a cinta e consegui tomar banho sozinha, precisando de ajuda para secar as pernas e me vestir, mas nada como um bom banho em pé.
Os nenéns estavam bem, lógico que ainda precisando de muitos cuidados.


domingo, 23 de novembro de 2008

2º Dia

Minha mãe voltou para ficar comigo além do maridão, ela irá dormir até amanhã, é sempre bom mãe por perto, elas nos passam segurança. Conseguimos uma autorização para ela vê-los e ficou tão babona quanto a vovó dizendo que eram lindos....
Eu ainda não tenho muita firmeza na perna, e uma certa tontura mas procuro caminhar para ir me acostumando, o banho ainda foi na cadeira coma ajuda do maridão
Dia de muitas ligações, papai preocupado, mamãe se recuperando da cesária, mas com dificuldade para levantar. Titia Ade e Dê fizeram uma visita a mamãe.

sábado, 22 de novembro de 2008

1º Dia

A cesária ainda é bem recente e tudo incomoda, levantar e andar bem difícil, mas sou durona e faço parecer, vou tentando fazer as coisas devagar e sozinha, o maridão acha que exagero, ele foi para casa pegar umas coisas para voltar a noite para dormir e vovó veio ficar comigo, ela conseguiu ver os netinhos e babou muito dizendo que eram lindos... Tive a visita dos titios Mari e Ma e recebi flores do pessoal da empresa onde trabalhava.
Quando o papai retornou e pôde ver os filhos novamente e com mais calma disse que todos se pareciam comigo, principalmente os narizinhos, percebeu até que a Beatriz tem a orelhinha dobrada igual a dele, coisa de pai babão.
Para tomar banho tive a ajuda das técnicas e enfermeiras, que me ajudaram a levantar da cama e sentar na cadeira, e o maridão ajudou no banho, finalmente um banho de verdade e o adeus a comadre que me acompanhou em toda a internação.

Papai aflito!

Sem muita informação ainda... que aflição !
Até o momento só sabemos os pesos e a ordem do nascimento:
Bruno: 1.250 gramas - 11:51
Beatriz: 1.060 gramas - 11:52
Lucas: 1.015 gramas - 11:53
Livia: 995 gramas - 11:55

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Meus filhos nasceram !

Copia do email enviado por SMar aos amigos e parentes:
Depois de 28 semanas de gestação e o último mês passado de cama, a mamãe Elis deu a luz a meus quatro filhos e todos estão bem, mas ainda requerem cuidados especiais nas próximas 72 horas, que são críticas para os bebês.
O Bruno foi o primeiro e nasceu com 1.250 Kg, em seguida a Beatriz com 1.060 Kg, o Lucas com 1.015 Kg e a Livia com 995 g, todos permanecerão na UTI neo-natal até ganharem peso. A Livia teve pequenas complicações respiratórias, mas foi medicada rapidamente e está estável agora.
Agradeço a todos as mensagens de apoio e a atenção dedicada. Peço que transmita a mensagem para os quais eu eventualmente tenha esquecido, e já me desculpo, pois estavamos um pouco cansados, afinal, foi emoção quadruplicada...

Dia do parto


Após uma noite fazendo vários cardiotócos pra medir as contrações, pela manha a Dra. chegou e pelos exames confirmou mesmo a cesária para o meio-dia, pois 6 cm de dilatação e contrações, indicavam que já estava na hora antes deles tentarem um parto normal, visto, que estavam bem apressadinhos. Eu já estava em jejum desde de a noite anterior, quando foi por volta das 11:00h me levaram para a sala de pré-parto, onde começaram as medicações, e não demorou muito para me levarem para a sala de cirurgia. Uma enfermeira sem noção queria que eu levantasse sozinha para tomar a anestesia (coisa fácil para quem estava a 30 dias sem levantar nem a cabeça), ainda bem que minha médica chegou e me ajudou, apesar do medo, a anestesia foi bem rápida, logo me deitaram, me deram uma sedação leve no braço, depois me amarraram como Jesus na cruz e colocaram um negócio no meu dedo e eletrodo no colo e peitos, logo vi o maridão chegar e sentar a meu lado e pegar na minha mão, lembro que me perguntava se estava tudo bem, mas nem respondia, pois, estava com muita ânsia e enjôo, e logo tudo começou, não via nada só aquele pano verde na frente, mas sentia a médica mexendo em mim sem entender ao certo como, percebia quando um estava sendo tirado pela emoção do pai, e assim um atrás do outro, ouvimos uns choros baixinhos, apenas a segunda chorou forte. O primeiro foi mesmo o Bruno, como imaginávamos, a Beatriz, o Lucas e a Lívia.
O papai agüentou firme ver todos os quatro (para quem até um pouco antes, me perguntou se eu fazia mesmo questão, mostrou está preparado mesmo para grandes emoções). Eu nem os vi, pois foram direto para as incubadoras e para terem os cuidados necessários, e eu estava meio tonta, meio sonolenta, cansaaaada. Depois me levaram para outra sala, onde fiquei quietinha sem levantar a cabeça,esperando a anestesia passar e sentir as pernas. Após as 6 horas e com as pernas mexendo, me levaram para o quarto, onde depois, pude comer, pois estava morrendo de fome e sede, e lá pelas 22:00h vieram me ajudar a tomar banho com a cadeira, o medo de levantar era muito grande, e mesmo, aos poucos, ainda fiquei com tontura a vista escurecendo, após me colocarem na cadeira e levarem para o banheiro o maridão ajudou no banho, e depois consegui ver meus tesourinhos, apesar de muito ansiosa e de acharem lindos (embora bem pequenos, o que deu um pouco de aflição), a ficha parecia ainda não ter caído: eu agora era mãe de quatro bebês!!!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Do dia da internação até o parto

O dia da internação foi um susto, afinal fui a uma consulta comum, a Dra., via meus exames e dizia que estava tudo bem, de repente, ao fazer o exame de toque, ela disse: 3 cm de dilatação, já sabe né, eu questionei: o que? Internar agora!!!!
Primeiro o susto, depois, achei que era exagero, depois, entendi e tentei me acalmar, minha sogra estava comigo, também se assustou, comecei a ligar e avisar ao marido, para me levar umas roupas, a minha mãe, mas pedia calma, pois estava bem.
Cheguei e após proceder a internação já fui para a sala pré-parto, para ficar em observação e fazendo exames que medissem as contrações e com toda a medicação que a médica havia prescrito para inibir essas contrações, infelizmente, depender de plantonistas não é legal, cada um entendeu uma coisa em relação ao tempo da medicação correr na minha veia, não haviam ligado a bomba para controlar este tempo, não colheram os exames que tinham que colher, ainda bem que assim que ela chegou, resolveu tudo isso e me transferiu para um apartamento, ela é excelente e eu confio muito nela.
Daí em diante foram 30 dias de repouso absoluto, sem levantar para nada, nem banheiro, nem banho, nem nada, a princípio ainda levantava a cabeceira da cama para comer, mas depois, nem isso, muito pelo contrário, a cabeça era mais baixa e as pernas mais altas. Imaginem comer assim, escovar dentes assim, tomar banho assim...e ir ao banheiro (melhor dizendo, usar a comadre).
Todos esses dias sempre ficava alguém comigo, minha mãe, minha sogra, a Ade, a Ro, a Tia Val, a Mari e o marido, e meu maridão aos finais de semana pessoas as quais eu sou muito grata, pelo carinho, atenção, disponibilidade e paciência, para ficarem me ajudando em tudo. Que Deus as abençoe muito, pois, dizer que ajuda todo muito diz, mas realmente socorrer nas horas necessárias são poucos. Agradeço também a todos aqueles que não puderam, mas ajudaram rezando e torcendo e ligando para me darem forças, e a todos que cuidaram de mim, a médica, aos técnicos e enfermeiros, faxineiras e copeiras que se tornaram amigas.